sexta-feira, 30 de agosto de 2019

pré adolescencia

O tempo anda pra frente, e Bê com 12 anos apresenta todas as características do adolescente: sono compulsivo, mentir ou omitir dos pais, estudar pouco e ostentar muito.

Não parece será algo trabalhoso ou exaustivo, mas são características novas de um cara que sempre foi muito cheio de energia e sempre foi transparente.

A foto acima mereceu o post: na noite anterior combinamos estudar juntos após a janta, ele terminou antes e deitou na rede, só acordou na manhã seguinte. No dia seguinte foi estudar com a mãe no SESC, dormiu na mesa enquanto lia.

Eu sempre achei que a minha adolescência tinha sido tranquila, até colocar a mão na consciência depois de crescer: nos transformamos em estranhas crianças com tamanho e quase responsabilidades adultas, mas não estamos nem aí pra uma coisa ou outra.

As variações de humor, as mudanças de opinião, as indecisões, não são normais e talvez nem hormônios, mas a construção de um ego que já foi maior e incontrolável e que teremos o resto da vida para desconstruir.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Ano novo na praia nunca mais



Foram dias deliciosos em Ubatuba, no canto que eu e minha família adoramos: Lázaro.

Além de ser nosso destino mais distante quando íamos até Ubatuba, mas ficávamos em Caraguá lá no Porto Novo, foi meu refúgio em casa de amigo durante uns 10 anos.

Be se divertiu como nunca, e ficamos numa pousada aprovada pela Dna Márcia. Dias de muito sol, calor e pura diversão, são boas lembranças.

Só que teimamos de voltar dia 01, que erro.

O trecho até Caragua de pista única é um suplício, e ficamos 4 horas só nesse trecho.

Vale pra lembrar que Paulistano é tudo idiota.



quinta-feira, 22 de agosto de 2019

chupa esse game!



Desde 1982 eu jogo videogame.

Ganhei o meu 1o em 1984.

Não sei o que é brincar e se divertir sem ter o game como opção.

Não me impediu de fazer da rua meu quintal. Jogar bola, soltar pipa, carrinho de rolimã...

O video game nunca impediu nada disso.

Ver os videogames de hoje é uma vitória, é uma satisfação que não tem tamanho, não tem como quantificar o quanto isso era um sonho nos anos 80/90.

Visitar as lojas e ver alguma novidade era ali em loco, não tinha internet. Se em alguma revista saia uma foto vc tinha uma ideia do que vinha por aí.

Saudosos, mas não tempos de saudade. O videogame venceu.

Essa é pros pais atrasados dos anos 80 que viviam dizendo os malefícios disso ou daquilo: chupa!

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

o pai do meu pai


Claro que nós temos uma relação de pai e filho, discutimos, brigamos e ele me irrita com seu jeito preguiçoso, descuidado e quando resolve me irritar mesmo sem parar.

Mas Be e eu somos muito próximos, e nos entendemos muito bem, nos damos muito bem como se diz.

Principalmente pq eu tento diariamente aprender com os erros do meu pai.

Meu pai talvez tenha me escutado em algum momento, mas de forma geral ele sempre tratou o que eu dizia ou pensava como besteiras, como se eu sempre tivesse que apenas ouvir. Ele não percebia, e ainda não percebe, que os mais jovens independente da idade até, estão conectados com seu tempo, estão plenamente up to date.

Escutar as impressões do meu filho, ouvir suas análises, são respeitar o tempo que se vive.

Meu pai acredita que eu tenho que escutar as fôrmas antiquadas que nem pra ele serviram, mas que ele se deixou moldar para não parecer moderno, radical, selvagem, diferente, viado, comunista ou sei lá o que se passa na cabeça dele, já que ele apenas reproduziu coisas do passado para me criar.

Meu pai se esquece que acima de tudo os pais dão exemplo. Então sempre me foi um bom exemplo a pessoa firme que ele era, o diretor de escola ativo e presente que resolvia os problemas, escutava as pessoas, tomava decisões práticas. O pai durão e preconceituoso sempre foram nada pra mim.

Não vou ficar aqui contemporizando, dizendo que foi a época que ele foi criado, ainda que ele seja uma vítima das fôrmas e moldes do passado. Meu pai poderia ter mudado, poderia ter sido menos egoísta, e isso me ensinou como posso ser com meu filho. É uma luta diária, é uma atenção constante, não dá pra relaxar.

Meu pai esquece dos exemplos, e aqui vou colocar uma história de uma única noite, que marcou e ficou como exemplo que não se pode dar: passamos o sábado juntos em casa, um amigo dele de faculdade que trabalhava na Hering nos presenteou de manhã com camisetas iguais, uma pra cada um com seus respectivos tamanhos. Minha mãe, minha irmã, eu e meu pai passamos o dia com as camisetas iguais. Não me lembro o que fizemos, acho que lavamos os carros juntos e assistimos desenho animado, mas prometemos que passaríamos o dia todo juntos. Pedimos pizza como todo sábado, e as 8h da noite o telefone tocou, meu pai terminou a pizza e sem tirar a camiseta saiu para jogar bilhar com os amigos. Ele não ficou para assistir filme no fim da noite em casa, quebrando a promessa que ficaríamos juntos. Chorei e minha mãe me consolou, ela também tendo que ser consolada por ter um marido que nos trocava por noitadas de jogo, baralho ou bilhar. Eu sempre agradeci por ele não beber, meus primos sofriam na mão de um pai bêbado, mas o jogo tirou meu pai de casa inúmeras vezes, pois ele não conseguia encarar a simples realidade que não podia ser super pai o tempo todo, que não queria ser casado todos os dias.

Por isso também não fiquei casado com a mãe do Be, não seria capaz de fazer de contas.

Meu pai fez muita coisa por mim, e esteve presente bastante também, não seria justo dizer que ele só errou. Mas até para errar você precisa fazer direito.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Fotos antigas


Mexi em vários backups e vou encontrando diversas fotos.

Antigamente abríamos uma mala de fotos impressas, revia meu album de fotos de bebê, olhava minha mãe criança ainda lourinha.

Hoje encontro discos antigos se deteriorando no fundo de alguma caixa, e torço para que algum computador consiga ler.

Por isso resolvi salvar tudo aqui.

Fotos na casa de Santana, antes da reforma, ou seja antes de julho de 2011.





Lembranças que mais parecem de outra vida

Rever fotos antigas, da infância do Bê principalmente, me conectam com um passado que cada vez mais não parece que fui eu que vivi.

Essas fotos na casa de Santana, ainda antes da reforma que foi feita, dão um tom nostálgico mas também criam uma resistência na minha mente que fui eu mesmo que as tenha vivido.

Talvez pq a casa tenha ficado com uma energia diferente depois da reforma, talvez pq eu tinha expectativas e ambições muito diferentes na época.



Vejo essas fotos dele brincando na sala, com um problema crônico de umidade, e percebo que fechei os olhos para uma realidade explícita.

No fundo, é uma hipótese, não precisávamos de nada disso, e ele cresceu e foi amado sem precisar de uma mão de tinta na parede.

Talvez pq ele com 12 anos hoje, seja uma criança pré adolescente muito diferente da criança pequena que ele era. São fases, dezenas de fases, diferentes e que também nos mudam, sendo assim nossas fases também.



Essa foto na quadra do SESC Santana também mostra como eu tinha pouca, ou quase nenhuma opção de diversão muitas vezes sozinho com ele. Íamos para lá, com a bola de baixo do braço e só. Usávamos a comedoria, e nos entretínhamos com pouco ou praticamente nada.

O nó na garganta agora, os olhos marejados são de saudade, nem um pouco de pena de não ter mais possibilidades na época. Me sinto muito sortudo por tudo isso, sinto que fiz o certo com uma criança pequena na época.

Sinto cada vez mais que fazem parte de um universo diferente.

domingo, 18 de agosto de 2019

aniversário 1 ano


Fizemos a festa de 1 ano do Bê em maio, no dia 1, um domingo. Não me lembro pq esperamos quase 1 mês pra festa.

Fizemos 2 festas de aniversario pra ele na casinha de Santana que juntou muitas pessoas.

Nas duas tivemos muita sorte, pois as pessoas vieram aos montes sem nós sabermos pq. Depois eu entendi, quando vc tem criança pequena as pessoas se organizam, se unem pelo bem estar dos pais. Foi bonito, e olhando hoje foi um encontro improvável até.

No video, Be pula e se diverte com as bexigas no seu cercadinho de bebê. Meus pais ficaram na cozinha, tanta gente que tinha pela casa, e para ir passando o tempo foram enchendo bixigas. O resto é a lembrança mais marcante daquela noite.