segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Lembranças que mais parecem de outra vida

Rever fotos antigas, da infância do Bê principalmente, me conectam com um passado que cada vez mais não parece que fui eu que vivi.

Essas fotos na casa de Santana, ainda antes da reforma que foi feita, dão um tom nostálgico mas também criam uma resistência na minha mente que fui eu mesmo que as tenha vivido.

Talvez pq a casa tenha ficado com uma energia diferente depois da reforma, talvez pq eu tinha expectativas e ambições muito diferentes na época.



Vejo essas fotos dele brincando na sala, com um problema crônico de umidade, e percebo que fechei os olhos para uma realidade explícita.

No fundo, é uma hipótese, não precisávamos de nada disso, e ele cresceu e foi amado sem precisar de uma mão de tinta na parede.

Talvez pq ele com 12 anos hoje, seja uma criança pré adolescente muito diferente da criança pequena que ele era. São fases, dezenas de fases, diferentes e que também nos mudam, sendo assim nossas fases também.



Essa foto na quadra do SESC Santana também mostra como eu tinha pouca, ou quase nenhuma opção de diversão muitas vezes sozinho com ele. Íamos para lá, com a bola de baixo do braço e só. Usávamos a comedoria, e nos entretínhamos com pouco ou praticamente nada.

O nó na garganta agora, os olhos marejados são de saudade, nem um pouco de pena de não ter mais possibilidades na época. Me sinto muito sortudo por tudo isso, sinto que fiz o certo com uma criança pequena na época.

Sinto cada vez mais que fazem parte de um universo diferente.

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